segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

JESUS, A SOLUÇÃO A SER BUSCADA



Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.        
E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.                                                                                  
Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.
Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia.                               (João 11:1-7)
Jesus com Marta, Maria e Lazaro
Problemas, quem não os têm? O ser humano enfrenta e se esforça para resolver problemas desde o seu nascimento, para que possamos ter uma idéia mais precisa dessa realidade, duas pessoas dialogam:
- E ai, como vai a vida?
O outro responde:
- Matando um leão por dia para sobreviver!                                                                                                                                                  

O texto bíblico lido nos apresenta uma família, composta de Marta, Maria e Lázaro, enfrentando um grande problema: a doença, todos nós nos desestabilizamos quando a doença nos atinge ou alguém muito querido, queremos a solução a qualquer preço. Investimos tudo o que temos para nos livrar desse problema.
Marta e Maria nos ensinam que:
1. Jesus é a pessoa certa a ser buscada no momento de crise

O texto mostra que Lázaro está gravemente enfermo. Possivelmente, todas as possibilidades foram esgotadas, sem solução. Podemos concluir que Lázaro chegou ao ponto de ser desenganado pelos médicos.                                                                                                                            
Uma coisa que o homem não percebe é que a crise é uma boa oportunidade na vida para a reflexão e a conscientização sobre os valores que sustentam a sua existência neste mundo,  Infelizmente, o homem é absorvido sobremaneira por uma rotina diária estressante, a  sua agenda sempre lotada de compromissos, ocupa-o intensamente, uma das conseqüências disto é que essa rotina o faz esquecer e não valorizar adequadamente as coisas essenciais da vida.
A experiente capelã do Hospital das Clínicas, Elení Vassão, disse certa feita em uma palestra: “O homem no leito da enfermidade vive um momento propício para ouvir sobre Deus, até mesmo a posição em que está é neste sentido, apropriada – olhando para o alto”.

Diante das crises, nós nos sentimos pequenos e muitas vezes incapazes de resolvê-las, quando o problema surge, queremos logo uma solução, via de regra, nós a buscamos ansiosamente em muitos lugares, Marta e Maria, tomaram uma decisão importante: Vamos chamar Jesus, ele é o nosso amigo, além disso, é também o Filho de Deus e, como tal, pode resolver esse problema. Manda um emissário para informar a Jesus do fato, e, principalmente, pedir, com urgência, a sua presença, devemos fazer o mesmo. Milagre só o Senhor pode fazer. É portanto a Ele que devemos recorrer durante a nossa vida.
O texto nos ensina que:
2. A amizade de Jesus com a família não interfere nos propósitos de Deus, Jesus era amigo desses irmãos. Havia se hospedado em sua casa por várias vezes. A mensagem que o emissário levou a Jesus era clara: “Está enfermo aquele a quem amas (3)”.
Mas, por outro lado, cada segundo, cada circunstância durante o ministério de Jesus contribuía para a execução do plano de salvação designado pelo Pai,  a  reação de Jesus é, do ponto de vista humano, um tanto estranha, considerando a urgência da cura, no entanto, diz: “Essa enfermidade não é para a morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”(4), .ou seja, há algo que o Senhor pretende fazer e que está além da cura de um homem.
 O excelente relacionamento, por conta de uma grande e sincera amizade, não podia, em hipótese alguma, prejudicar os propósitos de Deus para a humanidade, sabemos que o propósito principal que motivou a encarnação de Jesus não foi o de curar o homem das suas enfermidades físicas e emocionais. Não veio para ressuscitar ou realizar sinais maravilhosos, mas para salvar o homem da perdição eterna.
 É evidente que Jesus operou milagres maravilhosos e incontáveis, e assim pode a beneficiar muitas pessoas. Todavia, esses sinais tiveram o objetivo de autenticar a sua mensagem e a sua pessoa, para despertar fé nas pessoas, e  é exatamente isto o que acontece no episódio, quando Jesus ressuscita Lázaro. O texto diz: “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que fizera, creram nele” (45).
Mas, este maravilhoso texto nos ensina ainda que:
3. A  resposta de Jesus obedece à sua soberana vontade
Tendo recebido o pedido, Jesus ainda permanece no lugar onde estava por mais dois dias e, depois, disse: “Vamos outra vez para a Judéia”(7),  o tempo de Jesus agir é sempre conduzido pela sua livre e soberana vontade, a sua vontade é eterna, perfeita, boa e agradável.

Há uma divergência expressa entre o pedido das irmãs Marta e Maria e a resposta de Jesus. As irmãs olharam apenas para os seus problemas, envolvendo a enfermidade do seu irmão. Tanto que, quando Jesus chega à aldeia de Betânia, é recebido com lamentações do tipo: “Ah! Se o Senhor estivesse aqui!” Em outras palavras, se o Senhor tivesse atendido ao nosso pedido!
Somos muito parecidos com Marta e Maria. Focamos a nossa mente e a nossa energia na solução dos nossos problemas. Somos muito práticos e objetivos, queremos a todo custo resultados positivos. E, quando não somos atendidos, ficamos chateados, deprimidos, aborrecidos, Deus, na verdade, tem a maneira adequada e o tempo certo de nos abençoar. O apóstolo Paulo nos ensina: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fl.2:13), está aí a razão porque muitas das nossas orações não são atendidas. A nossa visão e as nossas motivações são diferentes da visão das motivações de Deus.

No episódio em foco, Jesus demorou-se ainda dois dias porque havia algo que desejava realizar, muito mais expressivo e abençoador que a cura de Lázaro.
O certo é submetermos as nossas vidas a Ele para que então possamos pedir as coisas certas e, pacientemente, esperar a sua resposta.
Jesus disse a esse respeito: “Se permanecerdes a mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (Jo. 15:7).

Rev. Valdemar de Souza

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