segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Brasileiro tem falta de vitamina D e consome muito sódio, diz pesquisa



Vitamina é essencial para manter a força dos ossos e evitar fraturas.
Excesso de sódio é fator de risco para infartos e derrames.


Os brasileiros têm falta de vitamina D e consomem sódio em excesso, segundo a análise do consumo alimentar pessoal no Brasil feita pela Pesquisa de Orçamentos Familiares, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostrou que, entre os adultos com idades entre 19 e 59 anos, os micronutrientes mais ausentes na alimentação são as vitaminas D e E, o cálcio, o magnésio e as vitaminas A e C, isso engloba tanto homens quanto mulheres, além disso, 89% dos homens dessa faixa etária e 70% das mulheres têm uma taxa de consumo de sódio acima dos níveis considerados seguros.
Entre os jovens com idades entre 10 e 18 anos, 70% consomem mais sódio do que o recomendado. Eles também apresentaram mais falta de vitaminas E e D, cálcio, vitamina A, fósforo, magnésio e vitamina C – e o problema é pior entre os que têm de 14 a 18 anos.

As deficiências de vitamina D e cálcio estão intimamente ligadas, porque é ela quem ajuda o organismo a absorver o mineral, a falta de ambos enfraquece os ossos e aumenta a incidência de fraturas.
A principal fonte de vitamina D não está na alimentação, mas no sol, os médicos recomendam que todas as pessoas passem pelo menos de 15 a 20 minutos no sol (antes das 10h da manhã, para evitar o câncer de pele). Alimentos como leite, ovos, manteiga e peixes também são fonte da vitamina.

O sódio é encontrado principalmente no sal de cozinha, mas também faz parte da composição de inúmeros alimentos industrializados. O Ministério da Saúde recomenda que a ingestão desse mineral não passe de 5g por dia.
O consumo excessivo leva a problemas de coração e circulação, como a pressão alta, e é um fator de risco para derrames cerebrais (ou AVCs) e infartos.

Medidas Preventivas

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou na manhã desta terça-feira 13/12/2011, em São Paulo, a ampliação do acordo voluntário com associações da indústria para a redução da quantidade de sódio em alguns alimentos.
Um primeiro acordo de redução de sódio nas massas instantâneas e pães (bisnaga e pão de forma), que já tinha sido assinado no primeiro semestre, foi ampliado para batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, maionese, biscoitos (doces e salgados), salgadinhos.

“Tínhamos três tipos de produtos que faziam parte do acordo e temos trabalhado fortemente para chegar a 15 produtos”, declarou.
Embora o acordo assinado nesta manhã não preveja multas ou punições, as indústrias que se comprometerem a colaborar serão monitoradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelas vigilâncias estaduais, de acordo com Padilha, a Anvisa pode denunciar que a meta de redução não foi respeitada pela indústria e retirar a classificação de produto mais saudável.
Com os acordos firmados, o Ministério da Saúde estima que retirará do mercado, até 2014, 1634 toneladas de sódio

Pão francês (2,5%), bolos prontos (7,5% a 8%), biscoitos doces e salgados (7,5% a 19,5%) e maionese (9,5%) têm até 2014 para atingir suas metas de redução, já as batatas fritas (5%), batatas palhas (5%), mistura para bolos (8% a 8,5%) e os salgadinhos de milho (8,5%) terão até 2016.

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